- Formado em Medicina pela Universidade de São Paulo (USP).
- Especializado em Oftalmologia e Doutor, também pela USP.
- Membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO).
- Membro da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo (SBRV).
- Membro da American Society of Retina Specialists (ASRS).
- Professor da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste).
O Dr. Abenor sempre teve afinidade pela área de Biológicas, o que naturalmente o levaria para uma profissão relacionada. Sua escolha pela medicina teve bastante influência de uma excelente professora que teve no segundo grau, a profª Anita, e também de sua mãe. Sobre a graduação, o doutor afirma: “Foi muito legal. Faria novamente com facilidade, se necessário. Sobre a Oftalmologia, foi uma decisão que tomei após conhecer todas as áreas, no curso de medicina. Também não mudaria de forma alguma. Sou muito realizado, com o que faço!”.
E claro que não parou por aí! Chamamos o doutor para uma conversa interessante sobre suas perspectivas profissionais. Olha só!
Quais foram os principais desafios que você enfrentou durante sua formação médica e especialização?
Com certeza, o principal desafio foi financeiro. Minha família não tinha exatamente condições de manter um filho estudando fora, mesmo em faculdade pública, com alojamento. Eles deram muito duro, para que eu pudesse estudar. E eu tinha muito pouco dinheiro para gastar. Nenhum luxo.
Você tem alguma área de foco ou especialização dentro da oftalmologia?
Sim, sou retinólogo, o que quer dizer que trato patologias relacionadas ao vítreo e retina, como descolamento de retina, retinopatia diabética, degeneração macular relacionada à idade, oclusões vasculares retinianas, buraco macular, membrana epi-retiniana, tração vítreo-macular, traumas oculares graves, entre outros.
Tem alguma história de um paciente que o impactou que gostaria de compartilhar?
Há alguns anos, atendi uma criança, uma menina, que havia perdido a visão de um olho por uma inflamação ocular grave. Os pais sabiam do problema há mais de um ano, porém, por dificuldades diversas, não realizaram tratamento. Ocorre que ela também começou a perder a visão do outro olho, foi quando me procuraram pela primeira vez. O olho mais afetado já não tinha mais recuperação. Mas quanto ao outro olho, que também estava em fase avançada de deterioração, conseguimos estabilizar o quadro e manter a visão. Agora ela é adulta e ainda enxerga. Foi especialmente impactante por causa dos problemas sociais, físicos e psicológicos associados, uma criança e seus pais precisando enfrentar tudo isso. Ainda me emociona.
Há algum momento ou realização que você considera um divisor de águas em sua vida profissional?
Sim. A minha entrada no Hospital de Olhos de Cascavel, onde eu tenho possibilidade de realizar medicina de ponta, tanto para pacientes particulares, quanto do SUS.
O que você gosta de fazer em seu tempo livre? Tem algum hobby ou paixão fora da medicina?
Gosto de dar aulas para os alunos. Pratico marcenaria, tenho uma mini oficina caseira. Gosto de estudar, não apenas medicina, gosto de filosofia e teologia. Faço caminhada todos os dias, mas esse já não é por hobby, é para fazer o coração bater, mesmo.
Como você equilibra sua vida pessoal e profissional?
Minha esposa me ajuda muito. Ela jamais me critica por estar trabalhando às vezes fora de horário. Eu, por outro lado, procuro não exagerar na dose. Somos felizes assim.