A incidência de conjuntivite tende a aumentar no verão. Durante os meses mais quentes do ano, diversos fatores contribuem para os casos de inflamação ocular, especialmente dos tipos infecciosos (virais e bacterianos) e alérgicos.
Nessa época, estamos mais expostos a ambientes compartilhados, como clubes e parques aquáticos, cujos ambientes facilitam a transmissão de conjuntivite viral e bacteriana, altamente contagiosas.
A exposição prolongada ao sol pode irritar os olhos, causar ressecamento ocular e predispor a inflamações.
Durante o verão, há maior circulação de alérgenos, como pólen, poeira e pêlos de animais, que podem desencadear uma conjuntivite alérgica, especialmente em pessoas predispostas a alergias, como asma e rinite. Ou o contrário: ambientes fechados devido ao ar-condicionado também podem se tornar propícios a contaminações.
Além disso, o calor excessivo estimula a sudorese e as pessoas acabam tocando os olhos para secar o suor com as mãos sujas, o que facilita a transmissão de vírus e bactérias causadores de conjuntivite.
Mas e o que é conjuntivite? Segundo o oftalmologista Dr. Cesar Shiratori, do Hospital de Olhos de Cascavel, a conjuntivite é uma inflamação na parte externa do olho. Normalmente, afeta os dois olhos e costuma durar até 15 dias.
“Os sintomas variam conforme o tipo de conjuntivite, se é infecciosa, alérgica ou tóxica. Além da mais conhecida vermelhidão nos olhos, outras queixas que o paciente pode apresentar são olhos lacrimejantes, pálpebras inchadas, secreção, sensação de areia nos olhos, coceira, dor ao olhar para a luz, visão borrada e pálpebras grudadas ao acordar”, alerta o especialista.
Dr. Cesar Shiratori afirma que o tratamento indicado vai depender do causador da infecção e somente um médico poderá prescrever o tratamento correto e a duração. Por isso, nada de se automedicar sem o consentimento profissional. “É importante, a qualquer suspeita, procurar um especialista, que irá diagnosticar e indicar o tratamento correto”.
Sintomas de conjuntivite
Os sintomas surgem em um ou em ambos os olhos e a variação de intensidade varia conforme a causa da inflamação. Os mais comuns incluem:
Vermelhidão nos olhos;
Lacrimejamento excessivo;
Pálpebras inchadas;
Sensação de areia nos olhos;
Cozinha e higienização;
Dor ao olhar para a luz;
Visão borrada;
Secreção excessiva, que pode deixar as pálpebras grudadas ao acordar.
Tipos de conjuntivite
Conjuntivite Viral – Causada por vírus, esse tipo é altamente contagioso. Seus sintomas geralmente incluem sintomas variados, lacrimejamento, sensibilidade à luz. Por ser uma infecção autolimitada, o corpo normalmente resolve o problema em alguns dias, mas o uso de colírios pode ajudar a aliviar os sintomas.
Conjuntivite Bacteriana – Causada por bactérias, é contagiosa, por isso deve-se evitar compartilhar objetos pessoais. O tratamento geralmente envolve o uso de colírios ou pomadas antibióticas prescritas por um oftalmologista.
Conjuntivite alérgica – Não contagiosa, esse tipo é desencadeado por substâncias como pólen, pêlos de animais e/ou poeira. É mais comum em pessoas que sofrem de alergias, como rinite ou asma. Os sintomas incluem sintomas intensos, visíveis e lacrimejantes. O tratamento envolve o uso de colírios antialérgicos e a eliminação do contato com o agente alergênico. É importante evitar o contato das mãos nos olhos.
Conjuntivite Tóxica – Resultado da exposição a substâncias químicas irritantes, como fumaça, cloro ou produtos de limpeza. Geralmente, os sintomas desaparecem rapidamente após a remoção do agente causador e a lavagem dos olhos com soro fisiológico.
Como prevenir a conjuntivite
Tecnicamente, a conjuntivite é uma intensificação na conjuntiva, uma membrana fina e transparente que recobre a parte branca do olho e o interior das sombras. Embora comum, essa condição pode ser bastante incômoda, causando lesões, incidências e sensibilidade à luz.
A boa notícia é que, com os cuidados adequados, é possível tratar e prevenir sua propagação.
A inflamação pode ser causada por diversos fatores, incluindo: reações alérgicas a poluentes como fumaça, cloro de piscinas, produtos de limpeza ou maquiagem; infecções virais ou bacterianas, que são altamente contagiosas; produtos químicos irritantes presentes no ambiente, como fumaça de cigarro ou pólen.
Proteger seus olhos é cuidar da sua qualidade de vida. Não hesite em procurar ajuda profissional e manter hábitos que favoreçam a saúde ocular.
E prevenir a conjuntivite, especialmente os tipos contagiosos, é fundamental para evitar complicações à saúde ocular e proteger as pessoas ao seu redor. Siga as seguintes orientações:
Lave as mãos com frequência e evite tocar nos olhos.
Não compartilhe objetos pessoais como toalhas, maquiagem ou travesseiros.
Evite nadar em piscinas sem cloro ou expor os olhos à água não tratada.
Proteja os olhos contra substâncias irritantes como fumaça ou produtos químicos.
Use óculos de sol para reduzir a exposição à luz intensa e aos agentes irritantes.
Procure um especialista para o tratamento mais eficaz
Embora a maioria das conjuntivites seja de fácil recuperação, elas podem ser desconfortáveis e, casos que não são bem tratados, podem levar a sequelas e comprometer a sua visão. Por isso, a orientação é sempre procurar um especialista nos primeiros sintomas, que vai prescrever o tratamento adequado conforme o tipo de conjuntivite.
Alguns quadros vão demandar colírios e pomadas antibióticas, enquanto outros poderão ser tratados com antialérgicos.
Além disso, outros cuidados podem ser adotados em casa, regularmente:
Lave os olhos com soro fisiológico regularmente.
Use compressas frias para aliviar o inchaço e a irritação.
Evite usar lentes de contato durante o tratamento.
Troque toalhas e fronhas diariamente para evitar reinfecção.