A dilatação da pupila é um procedimento essencial em exames oftalmológicos, pois permite uma visão mais detalhada das estruturas internas do olho. É uma técnica segura, indolor e parte importante do cuidado com a saúde ocular, fundamental para garantir diagnóstico e tratamento adequados de diversas condições oculares.
Com a pupila dilatada, o oftalmologista pode examinar o fundo do olho, incluindo a retina, os vasos sanguíneos, o nervo óptico e a mácula, de maneira mais detalhada. Isso ajuda na avaliação de condições como retinopatia diabética, degeneração macular, descolamento de retina e glaucoma.
Outra razão é a maior precisão ao grau de erros refrativos (miopia, hipermetropia e astigmatismo), especialmente em pacientes com problemas mais complexos ou crianças.
Também permite a detecção precoce de condições oculares. Isso porque muitas doenças oculares podem ser assintomáticas em seus estágios iniciais. Assim, a dilatação da pupila permite que o oftalmologista identifique sinais precoces dessas condições e inicie o tratamento adequado, evitando complicações futuras.
Além disso, a dilatação da pupila também pode ser solicitada pelo médico especialista para exames como angiografia fluoresceínica e tomografia de coerência óptica (OCT), de forma a obter imagens detalhadas e precisas.
Como é feita a dilatação?
A dilatação da pupila é um procedimento relativamente simples e é geralmente realizado durante uma consulta oftalmológica. Confira, a seguir, o passo a passo da técnica.
Administração de colírios: O oftalmologista ou a enfermeira irá pingar colírios especiais nos seus olhos. Esses colírios são chamados de midriáticos e são projetados para relaxar os músculos da íris (a parte colorida do olho) e dilatar a pupila.
Tempo de espera: Após a aplicação dos colírios, é necessário esperar alguns minutos para que a dilatação ocorra completamente. O tempo pode variar, mas geralmente leva de 15 a 30 minutos.
Exame: Com as pupilas dilatadas, o oftalmologista utilizará um oftalmoscópio, lâmpada de fenda ou outros instrumentos especializados para examinar o interior dos seus olhos. Isso inclui a retina, o nervo óptico e outras estruturas.
Efeitos temporários: Durante algumas horas após a dilatação, você pode experimentar visão embaçada e sensibilidade à luz. Por isso, é recomendável usar óculos de sol para proteger os olhos da luz brilhante após o exame. A maioria das pessoas pode voltar às suas atividades normais após algumas horas, quando o efeito dos colírios diminui.
Condições que podem afetar a dilatação da pupila
Embora seja uma técnica segura, algumas condições podem afetar o exame, e outras podem ser contraindicadas para a dilatação da pupila. Confira:
Uso de certos medicamentos: Alguns medicamentos, como descongestionantes, antidepressivos tricíclicos, anti-histamínicos e medicamentos para enjoo, podem causar dilatação da pupila e afetar a reação dos olhos à luz.
Intoxicação por drogas: O uso de drogas como LSD, Ecstasy, cocaína e anfetamina pode causar dilatação da pupila e reduzir a capacidade dos olhos de se adaptar à luz.
Doenças neurológicas: Certas condições neurológicas podem afetar o controle da pupila e a resposta à luz.
Histórico de reações alérgicas: Se você tiver histórico de alergias a medicamentos ou colírios, informe seu oftalmologista para evitar reações adversas.
Problemas de saúde específicos: Se você tiver condições de saúde que possam ser agravadas pela dilatação da pupila, como glaucoma ou outras doenças oculares, discuta com seu médico antes do procedimento.
Uso de lentes de contato: Se você usa lentes de contato, pode ser necessário removê-las antes da dilatação, dependendo do tipo de colírio utilizado.
Se restar alguma dúvida ou preocupação, é sempre importante conversar com seu oftalmologista antes do exame. O profissional irá fornecer as orientações específicas com base na situação da sua saúde.
Diretora Técnica Médica: Dra. Selma Miyazaki
RQE: 3574 – CRM-PR: 12511
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